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O paranaense Ronan Cordeiro, 27 anos, que nesta segunda-feira, dia 2, conquistou medalha de prata no Jogos Paralímpicos de Paris 2024, foi estudante do Colégio Estadual do Paraná (CEP) e integrou a equipe de esporte da instituição.

Com essa prata de Ronan Cordeiro, pela primeira vez o Brasil subiu no pódio do triatlo. O desportista disputa na classe PTS5, para atletas com limitações físico-motoras.

No CEP, a conquista do ex-aluno foi bastante comemorada. O setor de esporte informa que Ronan Cordeiro começou no esporte paralmpico na instituição quando iniciou o ensino médio.

“Ele se inscreveu nas escolinhas de natação, em 2012, e também nas de atletismo e futebol, disponíveis no CEP. Mas foi exatamente na natação que participou das Paralimpíadas Escolares em nível estadual e  nacional. A partir de então se profissionalizou e partiu para o triatlo”, conta a professora Márcia Regina Horst Bonse.

Já na Paralimpíada de Tóquio 2020 (disputada em 2021, por causa da pandemia de covid-19), Ronan Cordeiro obtivera um desempenho expressivo, terminando a prova na quinta colocação. Conquista essa que motivou o atleta a seguir treinando e a alcançar o feito inédito agora em Paris 2024.

A professora de natação de Ronan no Colégio Estadual do Paraná lembra que, no início, não se sabia o que e como fazer para que o então estudante obtivesse a avaliação de paralímpico. Foi quando surgiu oportunidade de ir a Jogos Paralímpicos Escolares em São Paulo, ocasião em que se fez avaliação médica e fisioterápica, a qual liberou o paratleta para competição em classe compatível – essa na qual está até hoje.

“A conquista de Ronan Cordeiro é um orgulho para a escola pública e para todos os paranaenses”, celebra a professora.

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) informa que Ronan tem má-formação congênita na mão esquerda e começou a competir no triatlo em 2018. Antes, competia pela natação, de 2012 a 2018. Ele vinha de bons resultados no ciclo, como a conquista da medalha de ouro do World Series de triatlo, disputado em Swansea, no País de Gales, em 22 de junho de 2024, destaca o Comitê.

“Fizemos história. Agradecer ao CPB, que me levou para treinar na altitude. Eu tinha uma missão, que era acabar com esse paradigma do triatlo. Podemos mais no triatlo, vamos acreditar. Eu queria o ouro, são muitos sentimentos, dei tudo na natação, dei tudo no ciclismo, e acabei pagando na corrida. Mas é um resultado histórico e vai mudar para o triatlo”, disse Ronan, ao CPB.

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