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No Colégio Estadual do Paraná, é cada vez mais recorrente a presença de estudantes oriundos de outros países (da América Latina, sobretudo), que têm o espanhol como idioma materno.

Com o intuito de promover a integração entre os hispano-falantes e os brasileiros, uma adesão ao Programa Aluno Monitor, da Secretaria de Estado da Educação (Seed) buscou práticas pedagógicas e estratégias que atendessem tal propósito.

A iniciativa foi idealizada pelo professor Gilson Rodrigo Woginski, docente de Espanhol e coordenador do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (Celem) do CEP. 

Segundo ele, o projeto visa criar espaços de intercâmbio linguístico e intercultural: “o principal objetivo foi oportunizar espaços de construção de conhecimentos linguísticos e interculturais de maneira recíproca entre os estudantes hispano-falantes, que são os monitores, e estudantes brasileiros da turma 3ªA (ensino médio) e do curso de Espanhol do Celem”, explica.

Para o docente, a prática também busca “reconhecer e valorizar a diversidade, utilizando a língua espanhola como ponte para a compreensão de outras culturas e para o fortalecimento da própria identidade cultural”.

COMO SE DESENVOLVEU O TRABALHO

A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação, que envolve ciclos de reflexão, planejamento, ação e colaboração.

Por meio dela, hispano-falantes, com mediação do professor, inicialmente pesquisaram e organizaram apresentações com uso de tecnologias visando posterior integração com estudantes brasileiros, explica o docente.

As apresentações se basearam em informações do seu lugar de origem, práticas sociais, manifestações interculturais e expressões idiomáticas.

Foram, assim, apresentações ao Chile (pelo aluno monitor Benjamin Alberto Caceres Ramírez), México (Sofia de La Cruz Santisteban) e Venezuela (Juan Pablo Bermudez Vargas).

“Os alunos monitores também integraram outros projetos orientados apresentados na II Mostra de Conhecimentos do CEP 2025, contribuindo, socializando e experienciando as vivências do CEP”, informa Gilson.

O professor cita, como exemplo, o caso do estudante Benjamin Ramírez (com a atividade Seducción del Lenguaje Poético: a trajetória da expressão escrita e oral de estudantes em Língua Espanhola), a estudante Sofia Santisteban (Día de Muertos, colores, tradición y memorias: a interculturalidade no Currículo Ecolar e protagonismos estudantil dos estudantes do Celem e Grêmio Estudantil) e Juan Vargas (A Olimpíada da Educação das Relações Étnico-Raciais e o protagonismo dos estudantes da equipe Akomabu).

Segundo o docente, houve engajamento dos estudantes monitores hispano-falantes. “A monitoria, na educação básica, ao promover essa troca de saberes entre estudantes e professor, valoriza a diversidade cultural também caracterizada como um recurso pedagógico fundamental revelando a importância do protagonismo juvenil na construção de um ambiente escolar verdadeiramente intercultural e inclusivo”, afirma Gilson.

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