Enedina Alves Marques: uma mulher à frente do seu tempo foi estudante do Ginásio Paranaense 22/04/2024 - 09:25

No dia 8 de março na Casa Domingos Nascimento, sede do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) foi inaugurada a Exposição em homenagem a Enedina Alves Marques, a primeira mulher negra a se formar engenheira no Brasil. Enedina foi aluna do Ginásio Paranaense (Colégio Estadual do Paraná, entre os anos de 1892-1941). Ela estudou engenharia na UFPR e projetou a rede hidráulica do prédio atual do Colégio Estadual do Paraná, inaugurado em 1950.

O Centro de Memória contribuiu com plantas e objetos de estudo do período do Ginásio Paranaense. A professora Marcia Barbetta Manosso, professora de Física do CEP, desde 2001, teve a honra de na infância ter conhecido e convivido com Enedina Alves. Ela cedeu para a exposição fotografias pessoais e selos de cartas recebidas de Enedina. A professora Marcia e sua tia Rute Gineste Veronesi participaram de uma roda de conversa que reuniu mulheres que de diferentes formas, conheceram e tiveram a oportunidade de conviver ou de pesquisar a trajetória de Enedina. Na abertura da Exposição participaram diversas autoridades e representantes de grupos e instituições das áreas da cultura, educação e promoção da igualdade racial. Lizete Marques, sobrinha de Enedina, recebeu uma placa de homenagem e descerrou com a superintendente do Iphan no Paraná, Fabiana Moro Martins, a placa que identifica o espaço cultural-expositivo da Casa Domingos.

As coordenadoras do Centro de Memória, Prof. Cleusa Maria Fuckner e Prof Mara Fabiana Barbosa participaram do evento, falando em nome do Centro de Memória e do Colégio Estadual do Paraná destacando a honra em contribuir com a exposição que homenageia Enedina que finalmente foi reconhecida na memória de Curitiba e do Paraná.
A exposição permanece até julho na Casa Domingos Martins situada na Rua José de Alencar ,1808 no Bairro Juvevê. A visita à casa já rememora a História de Enedina:

“A Casa Domingos, situada anteriormente no bairro do Portão, era residência do major Domingos e da família Nascimento, incentivadores dos estudos de Enedina durante sua infância e adolescência. Sua mãe, Virgília Alves Marques, trabalhou como lavadeira e doméstica nessa mesma casa, na década de 1920, e, com isso, Enedina foi levada a acompanhar uma das filhas do major, Izabel Maria do Nascimento, nos primeiros estudos e, depois, na Escola Normal, a partir de 1926.”

 

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