Parece um monte de brinquedos em funcionamento, mas são protótipos criados para vencer obstáculos, concluir movimentos precisos, subir e descer rampas, além de outras funções feitas a partir da programação em computadores. Esses são alguns dos desafios propostos aos estudantes que participam das oficinas de robótica ministradas no Colégio Estadual do Paraná (CEP).

Tudo isso acontece em aulas laboratoriais, onde os estudantes montam e desmontam as mesas com equipamentos usados para o funcionamento dos robôs. A preparação envolve conteúdo interdisciplinar, com conhecimentos de matemática, física, química, programação e de outras disciplinas que se somam para o desenvolvimento dos projetos.

“Temos estudantes a partir dos 6°s anos até alunos e alunas dos 3° anos do Ensino Médio e dos 4° anos do Ensino Profissional”, disse o professor Tony Marcio Groch, responsável pelas práticas de laboratório de robótica no CEP. Ele ainda lembrou que as aulas ocorrem nas manhãs de terças e quartas-feiras, e nas quintas-feiras à tarde. 

COMPETIÇÕES – Toni explica que os estudantes também são preparados para participar de competições nacionais de Robótica. Uma das mais importantes, segundo ele, é a OBR – Olimpíada Brasileira de Robótica, que tem como desafio o resgate de vítimas em condições hipotéticas. “Durante o torneio, são criadas situações para que os estudantes encontrem soluções para fazer com que o protótipo chegue aonde o ser humano não pode chegar”, explicou.

A Fisrt Lego League é outra importante competição para os estudantes do CEP. Nessa, explica o professor, só se pode utilizar os materiais da fabricante para criar ferramentas e protótipos nos jogos com objetivos. O professor lembrou que, no ano passado, o desafio foi a exploração espacial, mas que, neste ano, os estudantes precisam encontrar soluções rápidas para quinze desafios dentro do espaço urbano.

“É preciso muito estudo, dedicação, planejamento da engenharia e perspicácia de programação para obter os melhores resultados nas competições”, disse o professor. Os estudantes do CEP são medalhistas em várias competições. Na OBR 2018, a equipe do Ensino Fundamental conquistou o troféu “Maker”, sendo o grupo melhor classificado em sua categoria pelo desenvolvimento de uma tecnologia inovadora na área de robótica.

IMPRESSORA 3D – Outra novidade encontrada nas aulas de robótica do CEP são as impressoras em 3D. São dois equipamentos disponibilizados aos alunos e alunas para o desenvolvimento de projetos para construir objetos tridimensionais. Os modelos são confeccionados a partir de bases que ganham novos formatos para compor os protótipos ou servirem como modelos de estudos.

Para fabricar um corpo em três dimensões em uma das impressoras, os estudantes inciam o projeto pelo planejamento do objeto. Depois, no computador, passam a realizar a programação em softwares específicos. Essa fase é conhecida como prototipagem. A finalização do objeto depende do tempo programado para impressão, que pode levar de 10 minutos a 3 horas para ser concluído.

As atividades em robótica são supervisionadas pela coordenação de Matemática e equipe pedagógica responsável. Os materiais, bem como as impressoras 3D, foram adquiridos pela gestão do CEP, com recursos Federais e Estaduais.

***