Em aulas de Geografia, estudantes fazem mapas com um toque especial 15/08/2019 - 18:00

Alguns mapas elaborados por estudantes do Ensino Fundamental, nas aulas de Geografia, estão chamando atenção de todos que passam pelo corredor do 1° piso do prédio central do Colégio Estadual do Paraná (CEP-CEP). Além do colorido, as atividades impressionam pela produção dos detalhes, que possibilitam, pelo toque, fazer o reconhecimento de importantes estruturas presentes no relevo da América do Sul.

Para isso, os estudantes utilizaram placas emborrachadas denominadas E.V.A (uma mistura de etil, vinil e acetado). “O material é de fácil manuseio, que pode ser encontrado com diversidade de cores e que, ao final, proporciona um bom resultado para experiência sensorial”, disse a professora Ligiane Camargo, responsável pela atividade.

A professora ainda explicou que os mapas podem ser usados, inclusive, em salas de apoio, especialmente para auxiliar o ensino de pessoas com deficiência visual. “Algo parecido com o braile, para que, ao passar os dedos, reconheçam as estruturas altas e baixas do relevo”, acrescentou.

A atividade também foi aprovada pelos estudantes, que utilizaram seis cores para identificar os diferentes níveis de altitudes alcançadas pelas estruturas geológicas. “Do azul ao marrom, passando pelo vermelho, amarelo, laranja e pelo verde, representamos áreas que vão do nível do mar até a Cordilheira dos Andes”,  disse o estudante Samuel Prado, do 8° ano.

A aluna Maria Eduarda Prado, também do 8° ano, contou que a tarefa ajudou a compreender a influência que o Planalto da Borborema tem no clima da Região Nordeste do Brasil. “É uma barreira geográfica que dificulta a passagem da umidade, que vem do oceano, para as áreas do interior da região, resultando o clima seco e árido típico da Caatinga”, disse.

Para o aluno Pedro Bittencourt, do 8° ano, o mais curioso foi constatar que o desenho do relevo também tem relação com os movimentos tectônicos. “São áreas de formações geológicas mais altas, próximas das falhas das placas que estão em movimento, onde acontecem mais terremotos”, concluiu.

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