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Diálogos sobre Masculinidades trouxe para o CEP no dia 08 de agosto o psicólogo Diogo
Peroni e o pesquisador Andrio Robert (Labelit UFPR/CNPq), ambos com pesquisas
voltadas para os estudos sobre gênero, masculinidades e corpo, respectivamente na
perspectiva da Psicologia Corporal/Análise Corporal Reichiana, e a Análise Dialógica do
Discurso em Bakhtin e o Círculo Russo.

Para esse momento também tivemos a mediação do Professor Rodrigo Mendes
(CEPCOM), que trouxe para a conversa situações vividas cotidianamente sobre os
aspectos que lhe impactam na construção social do que é ser homem, bem como a
abertura desse momento realizada pela pergunta do estudante do 3º L, Fabrício de Oliveira,
“Meninos, vocês já deixaram de fazer alguma atividade aqui no CEP, por que você foi
ensinado que era coisa de menina?”

Você já fez o curso para ser homem?

Com essa questão provocativa é que o psicólogo Diogo Peroni iniciou sua
aula-palestra para estudantes dos 3º anos do ensino médio. Entre suas vivências e dados
científicos se deram as suas falas, em especial abordando a necessidade urgente que
meninos e homens precisam desenvolver, isto é, expressar suas emoções na perspectiva da alteridade. Reconhecer-se de um lugar singular, e também qual o seu papel na
sociedade como contribuidor de equidade de gênero, da convivência pacífica e para a paz.

O que é ser homem?

Pergunta de abertura da palestra do Pesquisador Andrio Robert, que trouxe para
esse momento as pesquisas de amanda Rabelo sobre as contribuições dos estudos de
gênero às investigações que enfocam a masculinidade, ou seja, “a compreensão social de
que ser homem está em torno de não ser feminino, não ser homossexual, não ser dócil, não
ser afeminado na aparência física ou nas maneiras.” Esse posicionamento desse “não ser”,
explica o pesquisador, ser homem exige um padrão, uma atitude que implica diretamente e
explicitamente em repelir tudo que estiver associado a figura feminina, pois existe o “medo”
de ser (mal) interpretado e ou (mal) tratado como tudo que representa o feminino.”

Ainda questionou os meninos e meninas presentes do por que precisamos pensar e discutir
sobre masculinidades?

Apontou assim como o psicólogo Diogo, a gravidade imposta aos meninos, a aprenderem a
omitir suas emoções desde muito cedo, apresentou dados sobre a saúde mental de
meninos e homens que sofrem violência sexual, e que estes só conseguem falar sobre
cerca de 20 anos depois do ocorrido, relata que meninos e homens se colocam mais em
risco para se validarem perante a sociedade.
Um dos dados apresentados referente a pesquisa “Meninos sonhando os Homens do
Futuro” - do Instituto PDH e Pacto Global da ONU Brasil, retrata as referências que os
meninos apresentam sobre o masculino, 6 em cada 10 meninos afirmam ter poucas
referências positivas de masculinidade com os homens do seu convívio cotidiano.

Ainda segundo essa pesquisa, a mesma quantidade de meninos tem no pai sua principal
referência. Para finalizar sua palestra, o pesquisador deixa uma questão para as meninas e
os meninos - “De que maneira é possível vivenciar a masculinidade, e expressar emoções,
vulnerabilidades sem seguir o caminho da agressividade?”
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Links para acessar o trabalho dos palestrantes:
Disponível em :

“Meninos: Sonhando os homens do futuro” - é um projeto de escuta dos meninos -
https://projetomeninos.com.br/

O silêncio dos homens | Documentário completo
- https://www.youtube.com/watch?v=NRom49UVXCE

- Andrio Robert - @andriorobert
- @papodehomem
- @di_peroni / https://www.belaflor.com.br/

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Texto. Profª Adriana Teles.

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