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O Festival de Dança de Joinville, tido como o mais importante do Brasil em sua área e o maior do mundo (segundo o Guinness Book), chegou em 2023 à 40ª edição – realizada entre os dias 19 e 29 de julho últimos.

E o Dancep (Grupo de Dança Contemporânea do Colégio Estadual do Paraná) não só se apresentou ao público, como voltou da cidade catarinense com elogios, reconhecimentos e uma premiação na bagagem.

O Dancep obteve o segundo lugar no Festival da Sapatilha, um dos segmentos do evento. A riqueza estética e artística, combinada à contundente reflexão que as coreografias do grupo do CEP promovem, chamou a atenção de espectadores, especialistas e demais companhias de dança do evento.

“A dança que existe no Dancep é muito mais do que meros movimentos coreografados. Ela carrega consigo qualidade, significado e autenticidade de pessoas reais, refletindo as nossas histórias e emoções”, ressalta a professora e bailarina Carolline Ribas.

Ela acrescenta: “Ver a nossa dança ser reconhecida e valorizada em um ambiente tão diverso e competitivo foi uma prova de que estamos no caminho certo”.

Para a artista, a conquista da premiação “foi uma experiência verdadeiramente emocionante e gratificante. Estar naquele palco, onde tantos grupos de diferentes realidades compartilharam seus talentos, foi uma prova da potência da nossa dança, que existe dentro dos muros da escola”.

Ter o trabalho reconhecido para além de tais muros é um dos pontos destacados pelo criador e coordenador do Dancep, Fernando Nascimento. Confira entrevista concedida por ele ao site do CEP:

CEP |Qual foi a sensação, o sentimento de obter o segundo lugar no Festival de Dança de Joinville?
Fernando Nascimento | Senti que todo trabalho realizado na escola pública, com responsabilidade, dedicação, empenho e realizado de forma coletiva, tem a sua oportunidade de ser reconhecido além dos muros da escola. Tive a sensação que podemos ocupar os diferentes espaços de produção em dança.

CEP | Qual a importância do prêmio?
Fernando Nascimento | Penso que o prêmio é importante para dar visibilidade para o que é produzido dentro da escola pública, mostrando que a pluralidade de corpos e ideias tem potência e sensibilidade. No campo artístico-pedagogico, é fundamental ter outros espaços que dialoguem com os saberes apropriados e produzidos no chão da escola. Dançar em outros lugares é uma forma de se apropriar do mundo e, ao mesmo tempo, conhecer outras realidades culturais e [outros] processos artísticos.

CEP | Quantos integrantes do Dancep foram para o festival?
Fernando Nascimento | Nossa equipe foi composta por 47 integrantes, sendo uma equipe de três professoras bailarinas, uma professora que ficava responsável pela trilha sonora, um técnico que ficava na iluminação e fotografia, e eu como diretor artístico, que ficava no apoio nos bastidores durante as apresentações. Foram 41 estudantes dançando, em quatro dias de apresentações, em quatro palcos diferentes.

SAIBA MAIS
    • Sobre o Festival de Dança de Joinville
    • Sobre a Festival da Sapatilha, segmento do festival em que o Dancep foi premiado
    • Sobre o Dancep

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