Atividade mostra como conhecimentos em Biologia são decisivos em investigações criminais 18/10/2023 - 20:01

-

Uma atividade realizada pelo Colégio Estadual do Paraná e pelo Programa de Residência Pedagógica da Universidade Federal do Paraná (UFPR) demonstrou a importância dos conhecimentos adquiridos na escola para uma das práticas sociais mais complexas, a investigação criminal.

Denominada ‘CSI (Crime Scene Investigation) na escola: uma proposta de sequência didática para o ensino de Biologia’, a ação foi orientada pelo professor de Biologia Eugenio Lyznik Junior, do CEP, e envolveu estudantes que participam de atividades de aprofundamento, no contraturno. Foi aplicada tanto ao contraturno matutino como ao vespertino.

Consistiu no seguinte: uma sequência didática investigativa com foco na Biologia Forense.

“Por meio dessa abordagem, estudantes aplicaram a metodologia científica na resolução de um crime fictício, indo além dos laboratórios de investigação criminal, permitindo a compreensão de conceitos das diversas áreas do conhecimento biológico, como Histologia, Microbiologia, Biologia Celular, Anatomia, Entomologia e Genética, os quais se entrelaçam para solucionar problemas reais, estabelecendo uma conexão valiosa com a prática científica”, descreve relato da atividade.

O cenário fictício constituído foi o de uma situação de um óbito enigmático, causado por um agente biológico. Organizados em grupos, os estudantes obtiveram informações de personagens envolvidos no incidente fictício, como testemunhas, e ainda sobre lista de possíveis suspeitos, mapa geográfico da região, dentre outros dados importantes.

Também foram utilizados materiais, reais, como amostras de sangue, e por exames laboratoriais, os participantes envolvidos na investigação aplicaram os conceitos teóricos aprendidos em sala de aula,“vivenciando situações práticas, considerando diferentes perspectivas, questionando suposições e fortalecendo as habilidades de raciocínio crítico na resolução de problemas”, de acordo com o relato.

A equipe explica ainda que, antes de tudo, foi feita uma avaliação diagnóstica, para identificar conhecimentos prévios dos estudantes. Ao término da sequência investigativa, a mesma avaliação foi aplicada, “permitindo uma conclusão abrangente do que foi aprendido e assimilado por eles”, explica o texto. “A proatividade e o protagonismo propostos nesta atividade imersiva corroboraram a necessidade de aulas contextualizadas, dentro da comunidade escolar em que o estudante está inserido”, aponta.

O relato dessa experiência está sendo apresentado na 14º Siepe - Semana Integrada de Ensino Pesquisa e Extensão, 2023.

E, abaixo, vídeo da apresentação pelos estudantes da Residência Pedagógica: