Vozes, heranças e memórias indígenas são tema de roda de conversa com pesquisadora 21/10/2024 - 15:00

--

Estudantes de duas turmas do ensino médio (3ªE e 3ªF) participaram no último dia 10 de uma roda de conversa com a professora Edina Aparecida da Silva Enevan, pesquisadora na área de Estudos Linguísticos, Identidades, Subjetividades e Decolonialidade, e doutoranda na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A atividade integrou a prática pedagógica “En-Acción: Voces, Herencias y Memorias Indígenas”, da disciplina de Língua Espanhola, e foi promovida pelo professor Gilson Rodrigo Woginski.

A prática foi na modalidade híbrida – com os e as estudantes presentes em sala, e a professora convidada à distância. A interatividade se deu pela plataforma GoogleMeet.

Explorar as relações étnico-racionais a partir de diferentes gêneros textuais em Língua Espanhola esteve entre os objetivos da prática, informa o docente, que realiza estudos em Letramento Racial Crítico, Letramentos Indígenas e Interculturalidade.

Intitulada “Conecta con el beat ancestral: un viaje interactivo por la música y cultura indígena de hoy”, a roda de conversa “foi uma oportunidade pensarmos coletivamente e de forma crítica sobre elementos culturais que têm atravessado as nossas experiências nas aulas de língua e fora dela”, nas palavras da professora convidada.

“Vivemos em um país latino-americano que historicamente não se reconhece como tal. As culturas do norte global invadem constantemente nosso imaginário através das mídias, dos streamings, da música e da literatura. E o que sabemos sobre os países vizinhos hispanófonos?”, afirma a docente.

A estudante Rebeca Pereira da Silva, da 3ªE, destacou conhecimentos adquiridos com o encontro. “Para mim, a parte mais interessante foi conhecer artistas musicais e plataformas de entretenimento que são produzidas por indígenas, que abordam e problematizam o preconceito racial vivenciado por eles. A professora também nos trouxe dados a cerca de quanto ainda resta da população indígena na América do Sul, que representa muito pouco do que um dia já foi, assim pude entender com mais clareza a seriedade de que a escola aborde essa temática no seu currículo”.

Por sua vez, Mariana Duarte Gil Conradode Souza, da 3ªF, elogiou a dinâmica adotada pela professora. “Minha parte favorita foi ela recomendando músicas de artistas indígenas, já que não temos muito contato com as línguas e culturas dos povos indígenas e isso é importante”, sublinhou.

--