Na semana do 13 de Maio, um manifesto de luta e resistência 16/05/2025 - 14:00
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Estudantes do Colégio Estadual do Paraná promoveram nesta semana manifestos em referência ao 13 de Maio - data da sanção, em 1888, da chamada Lei Áurea (lei nacional 3.353/1888), de abolição da escravatura no Brasil.
Os manifestos buscaram ressaltar que a assinatura da Lei Áurea não significou uma abolição de fato – no sentido de promover reparação histórica pelos quase quatro séculos de escravidão então vigentes.
Não houve qualquer tipo de indenização, assistência. A população negra, ainda que liberta à luz da nova legislação, permaneceu excluída de direitos elementares.
“Das múltiplas violências sofridas por afrodescendentes ao longo da história brasileira, o abandono foi um dos mais agravados pelo tempo”, escreveu a estudante Rebeca Nascimento.
Ela continua: “Não devemos esquecer nunca do que foram os 400 anos de escravidão, nem mesmo do dia 13 de maio de 1888. Porém, não devem ser feitas comemorações ou homenagens, e sim manifestado o respeito e a lembrança deste fardo carregado pelos negros até os dias de hoje”.
Por fim, um alerta: “Precisamos (…) saber combater o racismo quando ele se manifesta. Sempre busquem apoio, ajuda, suporte; sejam apoio, ajuda e suporte também. Juntos, podemos trazer justiça, mesmo que tardia.”
A ação em referência ao 13 de Maio foi promovida pelo Coletivo Preto do CEP e pelo Grêmio Estudantil (Gecep), em parceria com a RádioCEP/ CEPCom.
Clique aqui e confira o texto completo de Rebeca Nascimento, bem como vídeo resumindo a ação.
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