Em prática de espanhol, mensagens para o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, em 17 de maio 16/05/2025 - 21:00
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Uma prática pedagógica desenvolvida pela disciplina de Língua Espanhola com estudantes da terceira série do ensino médio, turma 3ªA, do período da manhã, promoveu a aplicação do idioma espanhol em enunciados referentes ao Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, celebrado em 17 de maio (neste sábado).
A prática pedagógica foi aplicada pelo professor Gilson Rodrigo Woginski. Tratou-se, conforme explica o docente, de “um momento crítico-reflexivo e de sensibilidade relacionado à diversidade sexual (orientação sexual, identidade de gênero e expressão sexual) no contexto escolar”.
Discorre o professor:
“As manifestações de violência contra a população LGBTQIA+ funcionam como barreira para acesso à saúde, ao trabalho e à educação básica e ensino superior, por exemplo.
Não se tratam apenas de nomenclaturas para rotular, mas conceitos e concepções amplamente estudadas, debatidas e defendidas entre estudiosos/as e movimentos sociais. Assim, a título de informação e formação à Comunidade Escolar do CEP, a orientação sexual está relacionada como as pessoas se sentem em relação à afetividade e à sexualidade. No caso da identidade de gênero, esta se refere a como as pessoas se sentem, se identificam, se apresentam/percebem, ou seja, como o cérebro interpreta quem elas são. Já a expressão de gênero é observada como as pessoas expressam seu gênero incluindo a forma como se veste e se comporta.
A escola deve ser democrática porque é um espaço de acolhimento, onde se aprende coletivamente com as diferenças, e também é um lugar para educar para a cidadania, igualdade e garantia de direitos humanos, e neste caso, a sexualidade como uma construção social e cultural.
O resultado das reflexões demonstrou que não se pode deixar que se reproduzam discursos de ódio e atitudes discriminatórias nos diferentes contextos, incluindo o espaço escolar. As pessoas têm o direito de viver e se expressar livremente sua orientação sexual e identidade de gênero como um direito humano que deve ser respeitado, portanto assegurado.”
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Confira, a seguir, relatos dos estudantes, sobre a atividade:
“A atividade foi extremamente importante para o contexto escolar visando que muitas escolas ainda têm atraso na questão da inclusão das diversidades, e a referida atividade juntou inclusão e conscientização com um trabalho divertido! Foi super legal!” (Giovanna Verges de Souza).
“A minha experiência fazendo essa atividade foi perceber o quanto eu sou alheia as situações que acontecem tão perto de mim com a comunidade LGBTQIA+, como o preconceito, discriminação, violência; acredito que preciso ser mais empática porque nenhum ser humano pode ou deve ser constrangido por outro apenas por ser quem é” (Júlia Evellyn Souza de Mello).
“Adorei a atividade, minha irmã faz parte da comunidade LGBTQIA+ e na sua época de colégio faltou muito esse diálogo para combater comentários e ações desrespeitosas que ela sofreu em sala de aula. Ter essas interações e saber que tem um professor que é muito participativo com questões sociais e que traz debates significativos para o ambiente escolar ajudam para que nos tornamos adultos conscientes e revolucionários também. Debater sobre questões reais em sala de aula faz com que o tabu seja quebrado e isso é o primeiro passo pra uma sociedade consciente” (Lorena Cristine Rangel Pontoni).
”A atividade reflexiva, criativa e extremamente bem aplicada pelo professor, foi um momento de nós (estudantes do ensino médio) pararmos um pouco e refletirmos sobre a temática que muitas das vezes passa batido (principalmente no meio escolar). Com a dinâmica de trazer à tona a diversidade, dentro do espaço colegial do CEP, pude perceber que talvez ainda haja esperança para enfrentarmos, juntos, os desafios que são impostos para a sociedade combater a discriminação. Uma dinâmica essencial e de absoluta necessidade no ambiente estudantil para cessar a ignorância que resulta na disseminação do ódio à comunidade LGBTQIAPN+” (Stella Ribeiro).
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O Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia é celebrado em 17 de maio porque, nesse dia, em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deliberou por remover a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças. Saiba mais clicando aqui.
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