Abril Azul, para informar e conscientizar sobre o autismo 04/04/2025 - 08:00
--
Dois de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com o objetivo de difundir informações e promover a conscientização sobre o tema, tem-se, durante o mês, a campanha Abril Azul.
No Colégio Estadual do Paraná, em conformidade com seu Projeto Político Pedagógico (PPP), a inclusão é premissa (ver aqui, na página 119).
Têm-se, em diversas turmas tanto do ensino fundamental como do ensino médio e da educação profissional subsequente, estudantes com diferentes níveis do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Equipe pedagógica, corpo docente e os próprios alunos e alunas atuam no sentido de oferecer acolhimento e inclusão àqueles e àquelas com diagnóstico.
DADOS E INFORMAÇÕES
De acordo com a Agência Brasil, indicadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, em todo o planeta, uma em cada 100 crianças têm TEA. “Com base nessa projeção, estima-se que o Brasil tenha cerca de 6 milhões de pessoas com essa condição”, sublinha a Agência.
Em seu site, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná conta com uma página com informações baseadas em critérios científicos, sobre o tema.
O material especializado reitera que, ao contrário de que apregoam fake news, “vacinas não são fatores de risco para o desenvolvimento de TEA”.
Diz o texto da Secretaria de Saúde:
“A etiologia do transtorno do espectro autista ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais (…) a exposição a agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico, uso de substâncias (como ácido valpróico) durante a gestação, prematuridade (com idade gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (menos que 2.500 g), gestações múltiplas, infecção materna durante a gravidez e idade parental avançada são considerados fatores contribuintes para o desenvolvimento do TEA.”
Sobre diagnóstico, o material explica que:
“O diagnóstico de TEA é essencialmente clínico, feito a partir das observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos. Instrumentos de vigilância do desenvolvimento infantil são sensíveis para detecção de alterações sugestivas de TEA, devendo ser devidamente aplicados durante as consultas de puericultura na Atenção Primária à Saúde. O relato/queixa da família acerca de alterações no desenvolvimento ou comportamento da criança tem correlação positiva com confirmação diagnóstica posterior, por isso, valorizar o relato/queixa da família é fundamental durante o atendimento da criança.
Manifestações agudas podem ocorrer e, frequentemente, o que conseguimos observar são sintomas de agitação e/ou agressividade, podendo haver auto ou heteroagressividade. Estas manifestações ocorrem por diversos motivos, como dificuldade em comunicar algo que gostaria, alguma dor, algum incômodo sensorial, entre outros. Nestes momentos é fundamental tentar compreender o motivo dos comportamentos que estamos observando, para então propor estratégias que possam ser efetivas. Dentre os procedimentos possíveis temos: estratégias comportamentais de modificação do comportamento, uso de comunicação suplementar e/ou alternativa como apoio para compreensão/ expressão, estratégias sensoriais, e também procedimentos mais invasivos, como contenção física e mecânica, medicações e, em algumas situações, intervenções em unidades de urgência / emergência.”
--