AULA DE CAMPO - GEOGRAFIA 08/11/2012 - 18:40
ATIVIDADE DE CAMPO – PARQUE ESTADUAL SERRA DA BAITACA – TRILHA DO MORRO ANHANGAVA.
PROFESSOR: THIAGO J. WOJTECKI ¹ TURMAS:1º J E 2º TE TURNO: TARDE
A atividade em montanha no Parque Estadual Serra da Baitaca – trilha do morro Anhangava, localizado no município de Quatro Barras - PR, teve como objetivo proporcionar aos estudantes do 1º J e 2º TEA do Ensino Médio do Colégio Estadual do Paraná, uma atividade de educação geográfica e ambiental diferenciada e empírica, utilizando as áreas naturais preservadas do bioma Floresta Atlântica na região serrana do Paraná.
Foram realizadas duas aulas de campo, nos dias 20 e 26 de outubro de 2012, onde participaram respectivamente 15 estudantes do 1º J e 26 estudantes do 2º TE, totalizamos 41 adolescentes urbanos entre 14 e 17 anos que aceitaram a proposta de uma nova experiência, passar horas caminhando dentro de uma floresta para chegar ao cume de uma montanha e lá de cima ver o “seu” mundo urbano distante e pequeno, ampliar o horizonte visual, enxergar ao mesmo tempo o litoral e a capital, surpreende, demonstra novas possibilidades alem do mundo virtu@l.
Conforme Oliveira e Assis (2009, p. 198), a aula prática em campo é uma atividade extrassala/extraescola que envolve, concomitantemente, conteúdos escolares, científicos (ou não) e sociais com a mobilidade espacial; realidade social e seu complexo amalgamado material e imaterial de tradições/novidades. É um movimento que tende elucidar sensações de estranheza, identidade, feiúra, beleza, sentimento e até rebeldia do que é observado, entrevistado, fotografado e percorrido.
Este conjunto complexo de sentimentos e interpretações variadas é que vão promover nos estudantes a sensação de mudança daquilo que acreditava compreender. Esta mudança por sua vez, pode possibilitar diferentes reações. Ainda segundo Oliveira e Assis (2009, p. 198)
A aula em campo é um corpo didático que não tem como ser separado da sensação de lazer, ansiedade, angústia e novidades. Entretanto, não deixa de ser aula, requisitando, aos docentes e discentes, preocupação com o objetivo de estar em campo: uma construção e legitimação do pedagógico processo de formação humana dos alunos e dos próprios professores em sua trajetória profissional.
Corroborando com a idéia do despertar de sensações através de novas experiências, temos alguns relatos feitos pelos estudantes após chegarem ao cume do morro Anhangava:
“Aprendi hoje com a subida do morro Anhangava que, muitas vezes nós encontramos obstáculos na vida, mas com paciência, perseverança e confiança em si próprio e nos que te rodeiam tudo fica mais fácil e a recompensa final te trará um prazer inexplicável”. Henrique Arruda, 2º TE
“Sempre gostei de aventura, porém essa foi a melhor sensação que já tive. Quando se está lá em cima você não pensa em nada, a brisa gelada te molha e você deseja ficar ali pra sempre. É praticamente indescritível a adrenalina que te da e a única coisa que penso agora é em voltar lá, embora ainda esteja em êxtase com o bem estar que sinto. É ótimo!” Rayane Luiza Abade, 2º TE
Analisando estes relatos, entre muitos outros parecidos, acreditamos que a atividade de campo proposta, cumpriu com seu objetivo de proporcionar aos jovens estudantes urbanos, atividades diferenciadas em ambientes naturais, sendo as trilhas do morro Anhangava nossa sala de aula libertária, experimental e vivencial.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, C. D. M. de; ASSIS, R. J. S. de Travessias da aula em campo na geografia escolar: a necessidade convertida para além da fábula. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 35, n.1, p.195-209, jan./abr. 2009.
¹ THIAGO JOSÉ WOJTECKI
2010 - Especialista em Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento (UFPR)
2007 – Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Paraná Desde 2008 – Professor de Geografia na rede estadual de ensino