Ensino Médio

    Novo Ensino Médio (NEM) no Colégio Estadual do Paraná Com a publicação da Lei n. 13.415, de 13 de fevereiro de 2017 (BRASIL, 2017), foi estabelecida uma nova organização para o Ensino Médio em todo o país. Dentre as principais mudanças, destacam-se a ampliação da carga horária de estudos, a primazia da formação integral do estudante, a estruturação do currículo por áreas do conhecimento, e a oferta do mesmo a partir de uma organização curricular inovadora.

    Essa organização agora deve contemplar uma Formação Geral Básica (FGB), na qual os estudantes aprofundem as aprendizagens desenvolvidas no Ensino Fundamental, e também os Itinerários Formativos (IF), que permitem aos estudantes delinear sua formação a partir dos seus objetivos de vida.

    Tendo em vista essas mudanças, a publicação da Resolução n. 03, de 21 de novembro de 2018 (BRASIL, 2018a), pelo Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica (CNE/CEB), que atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, e a publicação da Resolução n. 04, de 17 de dezembro de 2018 (BRASIL, 2018b), pelo Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação (MEC/CNE), que institui a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a etapa do Ensino Médio (BRASIL, 2018c), o Estado do Paraná iniciou a elaboração do Referencial Curricular para o  Novo Ensino Médio do Paraná. Em decorrência, o CEP articulou estudos e propostas para a implantação do Novo Ensino Médio.

     O Novo Ensino Médio (NEM) traz desafios para todas as redes de ensino e escolas do país, haja vista sua proposta de reorganização curricular e didático pedagógica. O Referencial Curricular para o Ensino Médio do Paraná apresenta elementos que auxiliam a compreender os desafios no contexto educacional do Paraná e vislumbra possibilidades para a implementação de mudanças qualitativas no Ensino Médio. E este documento é norteador da atualização da Proposta Pedagógica Curricular do Ensino Médio, parte integrante deste PPP.

     Vale destacar que o direito à educação foi regulamentado pela Lei de Diretrizes e as Bases da Educação Nacional (LDB), Lei n. 9.394/1996 (BRASIL, 1996), segundo a qual o Ensino Médio tem como finalidade o aprofundamento dos estudos realizados no Ensino Fundamental, relacionando teoria e prática, visando ao desenvolvimento humano, técnico, ético, cognitivo e social dos estudantes. A LDB, em seu artigo 26, também estabelece a necessidade da estruturação de um currículo a partir de uma base nacional comum, complementada por uma parte diversificada, definida a partir dos elementos regionais.

      É necessário que a abordagem metodológica presente nesses documentos considere a contextualização, a diversificação, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. No que se refere à estrutura curricular, destaca-se que ela é composta, de forma indissociável, pela Formação Geral Básica (FGB) e pelos Itinerários Formativos (IF). A FGB deve ser desenvolvida a partir da proposta pedagógica apresentada na Resolução n. 04/2018 do MEC/CNE, que institui a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a etapa do Ensino Médio. Sendo de caráter fixo, a FGB busca garantir o desenvolvimento dos estudantes, por meio das competências e habilidades das quatro áreas do conhecimento presentes na BNCC, a saber: Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Essas áreas devem ser “articuladas como um todo indissociável, enriquecidas pelo contexto histórico, econômico, social, ambiental, cultural e local, do mundo do trabalho e da prática social” (BRASIL, 2018b).

     Já os Itinerários Formativos (IF) constituem a parte flexível do currículo. Segundo a Resolução CNE/CEB n. 03/2018, em seu Art. 6o, inciso III, os Itinerários são:

Cada conjunto de unidades curriculares ofertadas pelas instituições e redes de ensino que

possibilitam ao estudante aprofundar seus conhecimentos e se preparar para o

prosseguimento de estudos ou para o mundo do trabalho de forma a contribuir para

a construção de soluções de problemas específicos da sociedade.

     Devendo ser ofertados por meio de diferentes arranjos curriculares, os IF contemplam as quatro áreas do conhecimento de forma integrada. Seja por meio da combinação dessas áreas entre si, como também com a Educação Técnica e Profissional (ETP).

      No que se refere às formas de oferta do Novo Ensino Médio, é importante destacar que toda essa proposta pedagógica e de flexibilização curricular só é viável em um contexto que possibilite um maior tempo de formação ao estudante. Por esse motivo, a Lei n. 13.415/2017 (BRASIL, 2017) afirma a necessidade de ampliação de carga horária, estabelecendo que todos os Sistemas de Ensino ofertem, a partir de março de 2022, 1.000 horas anuais, que serão gradativamente ampliadas para 1.400 horas anuais.

      O processo de desenvolvimento humano envolve interação entre os sujeitos e o meio onde estão inseridos, do qual decorrem diversas aprendizagens. O desenvolvimento de competências e habilidades leva em consideração o duplo movimento de “saber” e de “saber fazer”. Nesse sentido, analisar, relacionar, comparar e compreender são condições para conhecer, problematizar, criticar e tomar posições (BRASIL, 2018a, p. 563). Dessa forma, a noção de competência, aplicada ao contexto educacional, é entendida como uma “capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles” (PERRENOUD, 1999, p. 7). No contexto da BNCC, o termo competência é definido como a “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018a).

Anexo: Matriz Curricular (De acordo com a Instrução Normativa Conjunta Nº 008/2021 - DEDUC/DPGE/SEED)

 

 
Coordenações
 
Artes

 

Escolinha de Arte

 

Coordenadores: Cristine C de Amorim, Maura Ferreira Probst e Daniele de Luca R. Franco

Secretário da coordenação: Naldo Rodrigues

Telefone: (41) 3234-5665

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Biologia

 

Biologia

 

"O óvulo sendo fecundado, determina o princípio da vida. O óvulo tem o formato do planeta Terra e também lembra folhas,

sugerindo a importância do verde."

 

“A vida é um processo de aprendizado através de escolhas. Se nunca enfrentássemos grandes decisões, jamais aprenderíamos grandes lições”. Maria Fontaine

Avaliação
A avaliação é um meio de diagnosticar a capacidade do aluno de exercer habilidades específicas, revelar potencialidades para interpretar fatos bem como demonstrar a facilidade de se expressar com objetividade, correção e clareza. Portanto, a avaliação é contínua, diversificada e composta da seguinte forma:
Provas formais, Atividades complementares (tarefas, pesquisas, seminários, etc) com pontuação e práticas de laboratório (assiduidade, participação, relatório).
A recuperação dos conteúdos ocorrerá ao final de cada bloco de conhecimentos.

Conteúdos 

1ª série

  • Características dos seres vivos e níveis de organização
  • Estudo da biologia
  • O método científico
  • Composição química dos seres vivos
  • Água e sais minerais
  • Açúcares e gorduras
  • Proteínas
  • Ácidos nucleicos
  • A vida no nível da célula
  • Membranas celulares (características e tipos de transporte)
  • Citoplasma
  • Núcleo celular
  • Noções básicas sobre DNA, RNA e síntese de proteínas
  • Divisão celular
  • Metabolismo celular
  • Fermentação e respiração
  • Fotossíntese
  • Reprodução humana
  • Embriologia

2ª série

  • Conceituações e divisões da área biológica
  • Importância atual da área biológica (dengue, a biologia e o futuro)
  • Classificação geral dos seres vivos
  • Classificação em 5 reinos
  • Quadro de classificação dos reinos e filos 
  • Critérios básicos de classificação:
  • Tipo de nutrição
    • Número de células na estrutura corporal
    • Estrutura interna da célula
    • Regras de nomenclatura
    • Vírus e viroses
  • Reino Bacteria
    • Bactérias e infecções bacterianas
  • Reino Protoctista
    • Algas
    • Protozoários e protozooses
  • Reino Fungi
    • Fungos e micoses
  • Reino animal (características gerais)
    • Classificação dos animais
    • Critérios de classificação
    • Filos dos Invertebrados
    • Poríferos
    • Cnidários
    • Platelmintos
    • Nematodas
    • Anelidas
    • Moluscos
    • Equinodermos
    • Artrópodes
    • Aves
    • Cordados
    • Subfilo: cefalocordados
    • Subfilo: urocordados
    • Subfilo: vertebrados
    • Classes dos Vertebrados:
    • Condricties
    • Osteicties
    • Anfíbios
    • Répteis
  • Reino vegetal:
    • Classificação e características gerais dos grandes grupos de vegetais
    • Processos reprodutivos nos grupos vegetais
    • Flor, fruto e semente :aspectos morfológicos e fisiológicos

3ª série

  • Citogenética
  • Núcleo; duplicação e transcrição com síntese proteica
  • Cariótipo humano - mitose e meiose
  • Importância da engenharia genética e da biotecnologia
  • A ética e a genética
  • Conceitos básicos em genética
  • 1ª lei de Mendel
  • Monoibridismo com dominância
  • Monoibridismo sem dominância
  • Probabilidades da genética
  • Retrocruzamento
  • Genealogias
  • Alelos múltiplos - sistema ABO / RH / MN.
  • 2ª Lei de Mendel.
  • Determinação cromossômica do sexo
  • Herança relacionada ao sexo
  • Aberrações cromossômicas
  • Principais síndromes: Turner, Klinefelter e Down
  • Origem da vida
  • Evolução:
    • Introdução
    • Evidências: homologia - analogia - embriologia comparada
    • Provas da evolução
    • Teorias evolutivas
    • Criacionismo
    • Lamarck
  • Darwin
    • Teoria sintética
    • Surgimento de novas espécies
    • Evolução do homem
  • Ecologia
    • Importância
    • Conceitos básicos: população , comunidade, ecossistema, cadeia alimentar, pirâmides ecológicas
    • Ciclos biogeoquímicos: água, gás carbônico, oxigênio
    • Relações entre os seres vivos
    • Desequilíbrio ecológico
    • Ser humano no ambiente: um impacto na biosfera


Laboratório de Biologia Professor Paulo Célio Kuss Hammerschmidt (Pace) 

Laboratório de Biologia


As aulas de laboratório de Biologia do Colégio Estadual do Paraná formam o diferencial deste estabelecimento de ensino, pois obedecem a um paradigma atual.
O Colégio Estadual do Paraná, desde os primeiros anos de sua existência, é pródigo em ofertar aos seus alunos aulas práticas de laboratório nas diferentes áreas do conhecimento científico, tais como biologia, física e química, proporcionando aos seus alunos desenvolver o processo pragmático do ensino das ciências.
O desenvolvimento de aulas práticas de laboratório leva os alunos a praticar uma educação construtivista, pois o aluno realizando experimentos práticos está manipulando conteúdos teóricos, reforçando os seus conhecimentos, tendo mais uma oportunidade de aproximar-se do conhecimento elaborado e esta prática se faz no sentido do aprender fazendo.
O conhecimento para ser apreendido torna-se mais palpável e lógico conforme mais nós produzimos oportunidades para que os alunos possam absorvê-los, não ficando na mesmice do conhecimento simplesmente transferido do papel de livros textos mas para um procedimento aonde os alunos convergem seus conhecimentos teóricos manipulando-os para um alinhamento correto distante da retórica de que a educação é insipiente e sem motivação.

Aula no laboratório

Os processos intelectuais, cognitivos e emocionais são brindados nos desenvolvimentos das aulas práticas de laboratório de biologia do Colégio Estadual do Paraná, pois os alunos diante da estrutura que este Colégio apresenta têm condições de equipamentos, materiais instrumentais, químicos e biológicos para a assertiva de seu processo educacional. A presença de professores habilitados e com competência para o desenvolvimento das aulas práticas de laboratório de biologia é um grande patrimônio que o Colégio Estadual do Paraná possui e é decorrente de décadas de prática que levaram ao aperfeiçoamento e formação de uma estrutura invejável até para grande maioria das faculdades que ofertam cursos na área biológica em nosso imenso território nacional. 

Coordenadora: Sônia Lúcia Luqui da Silva e Maria Zenilda Chmulek

Sala: 313d (ala ímpar - 3° andar)
Telefone: 41 3234-5658

 
Esportes

 

Esportes

A disciplina de Educação Física no Colégio Estadual do Paraná, em conformidade com as Diretrizes Curriculares, tem como objetivo trabalhar com a Cultura Corporal, representada pelas formas culturais do “movimentar-se humano” historicamente produzidas pela humanidade. Nesse sentido, entende-se que a prática pedagógica da Educação Física no âmbito escolar deve tematizar as diferentes formas de atividades expressivas corporais, sistematizadas nos seguintes Conteúdos Estruturantes: Esportes, Ginástica, Lutas, Danças, Jogos e Brincadeiras. Assim busca-se a formação integral do aluno através da seleção, organização e sistematização do conhecimento acumulado historicamente acerca do movimento humano, para ser transformado em saber escolar (Diretrizes Curriculares de Educação Física, 2008). Nesta perspectiva a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem, de avaliação que permitam aos docentes e discentes conscientizarem-se da necessidade de uma transformação emancipadora, através do conhecimento sistematizado.

Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo, de ensino no âmbito da cultura corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e a reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo. Reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico político, social e cultural.

Avaliação

Os critérios de avaliação são estabelecidos a partir da seleção dos conteúdos estruturantes e básicos considerando a apropriação dos mesmos no processo de ensino e de aprendizagem:
a avaliação está relacionada ao processo de ensino e de aprendizagem, constituindo-se na forma do resgate de experiências nas sistematizações realizadas durante o processo pedagógico . Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão reavaliar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de (re) planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.
No processo avaliativo do Colégio Estadual do Paraná considera-se dentre outros instrumentos de avaliação, a entrega das atividades propostas pelos professores, para a análise da real apropriação dos conteúdos propostos através da recreação de jogos e regras, da resolução de situações problemas, considerando a opinião do outro e a posição do grupo como também propondo soluções para as divergências, o envolvimento nas atividades práticas e teóricas conforme o plano de trabalho docente;
A Avaliação dar-se-á na totalidade de 100%, sendo 50 pontos referentes à 1° etapa de conteúdos trabalhados + os 50 pontos da 2ª etapa do Bloco de Disciplinas do semestre;

Conteúdos

A Educação Física no Colégio Estadual do Paraná trabalha com o conceito de cultura corporal, sendo os seus conteúdos estruturantes o esporte, dança, lutas, ginástica e os jogos e brincadeiras. Os conteúdos específicos são trabalhados na prática e na teoria, as metodologias propostas problematizam os conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade rompendo com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido tratados na Educação Física. Portanto, uma prática mais reflexiva e contextualizada torna-se possível por meio da relação do conteúdo com os seguintes elementos articuladores: Cultura Corporal e Corpo; Cultura Corporal e Ludicidade; Cultura Corporal e Saúde; Cultura Corporal e Mundo do Trabalho; Cultura Corporal e Desportivização; Cultura Corporal e Técnica e Tática; Cultura Corporal e Lazer; Cultura Corporal e Diversidade; Cultura Corporal e Mídia (Diretrizes Curriculares de Educação Física, 2008).

Recomendações para utilização da pista de atletismo do Colégio Estadual do Paraná

  • Utilize somente as raias indicadas pela Coordenação de Educação Física
  • Não utilize tênis com cravo(tipo chuteira) ou que o solado solte tinta
  • O prego permitido nas sapatilhas de corrida é de 5mm, apropriado para pista sintética
  • Corra corretamente sem que haja atrito excessivo com o piso evitando o desgaste do mesmo
  • Para utilizar as quadras e o campo de futebol utilize a passarela de borracha para atravessar a pista.

Orientações gerais:

  • É obrigatório durante o período de aula, o uso da camiseta amarela para a prática de Educação Física
  • Nas aulas de natação é obrigatório o uso de touca, maiô preto ou sunga preta. Recomenda-se a utilização de óculos de natação e o uso de chinelos para a locomoção na área das piscinas
  • O EXAME MÉDICO é obrigatório para a prática de natação e tem validade por 03 meses
  • Durante as aulas de Educação Física não é permitido qualquer tipo de alimentação. Ex: chicletes, pirulitos, balas, doces etc.
  • É proibido portar qualquer equipamento ou instrumento que não faça parte do conteúdo de aula curricular, ex.: skate, violão etc.
  • Não é permitido a permanência de alunos no Complexo Esportivo fora do horário de aula e desacompanhado de um(a) professor(a)

Coordenadores: Fabiane Casero de Freitas e Richard James Martins

Telefone:

 
Filosofia
Filosofia


Coordenadores: Valéria Arias e Wilson José Vieira
Telefone: (41) 3234-5658

 
Física
Física

 

A Física é uma ciência cuja importância está no esclarecimento do universo para o desenvolvimento das forças produtivas da sociedade. Esta ciência consiste em descobrir as leis gerais da natureza e, com base nessas leis, esclarecer processos concretos de aplicação no desenvolvimento de novas tecnologias. Neste aspecto, a Física contribui para a formação de uma cultura científica, que permite ao indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais, redimensionando sua relação com a natureza em transformação e é através dessa relação que poderá compreender melhor o mundo. Sendo assim, o saber físico entendido como construção do conhecimento ligado ao contexto social, oportuniza a condição para a consciência social e ética do ser humano.

Capa Física

Por uma questão de facilidade de estudo, observa-se este universo dentro de vários aspectos, divididos em três blocos de conteúdos estruturantes: Mecânica, Termodinâmica e Eletromagnetismo. 

Avaliação

A avaliação é um instrumento fundamental no processo de ensino e aprendizagem que oferece informações para o professor e equipe pedagógica escolar analisarem os resultados de seu trabalho e para o aluno analisar seu desempenho, possibilitando o diagnóstico das dificuldades e, quando for o caso, o redirecionamento das estratégias visando ao sucesso escolar.
Em 2010, o CEP trabalha no sistema de módulos semestrais. Cada módulo é dividido em duas etapas. A nota de cada etapa será atribuída de 0,0 (zero) a 5,0 (cinco) pontos, através da somatória das notas obtidas nas atividades relacionadas abaixo:
3,0 pontos - provas (de teoria e de laboratório)
1,0 ponto - relatórios de atividades de laboratório
1,0 ponto - atividades diversificadas (listas de exercícios, pesquisas, seminários e outras)
A retomada de conteúdos se realiza em todo o processo educativo do aluno.

Conteúdos

1ª ETAPA

2ª ETAPA

1ª SÉRIE

 

 

MOVIMENTOS

 - Leis de Newton

 - Conservação do movimento

 

 

MOVIMENTOS

 - Conservação dos movimentos

 - Leis da conservação

2ª SÉRIE

 

 

TERMODINÂMICA

 - Leis da termodinâmica

 - Calor, temperatura e seus efeitos

 

ELETROMAGNETISMO

 - A natureza da luz e suas propriedades

2ª SÉRIE

 

 

ELETROMAGNETISMO

 - Movimento ondulatório

 - Carga e corrente elétrica (eletrodinãmica)

 

ELETROMAGNETISMO

 - Força eletromagnética

 - Campo elétrico e potencial elétrico (eletrostática)

 

LABORATÓRIOS

Objetivos 

O objetivo geral do laboratório de Física é trabalhar os fenômenos físicos de forma prática, desenvolvendo a capacidade de investigação dos fenômenos através de medições, quantificações, identificação de parâmetros relevantes, de grandezas, conceitos e relações entre as grandezas (leis físicas).

Metodologia
As aulas de laboratório de Física se apoiam num roteiro, que apresenta os procedimentos para a realização da experiência e questões sobre o fenômeno a ser observado.
As turmas são atendidas conforme um cronograma elaborado pelo professor laboratorista de Física, que ministra as aulas em parceria com o professor de Física da turma. Dependendo do assunto a ser trabalhado e da quantidade de equipamentos disponíveis, os experimentos podem ser realizados pelo próprio aluno ou demonstrados pelos professores.
Os conteúdos previstos para serem trabalhados em laboratório com o ensino médio em 2010, estão listados abaixo. Esta programação, no entanto, está sujeita a alterações.

 

1ª ETAPA

2ª ETAPA

1ª SÉRIE

- Aceleração da gravidade / Campo gravitacional terrestre

- Equilíbrio

- 2ª Lei de Newton

- Impulso e Quantidade de Movimento

- Estática dos Fluidos

- Conservação da Energia Mecânica de um Sistema

2ª SÉRIE

- Dilatação térmica

- Calor específico de um sólido

- Transformações gasosas

- Espelhos planos

- Espelhos esféricos

- Refração

3ª SÉRIE

- Ondas

- Efeitos da corrente elétrica

- Associação de resistores

- Alta “amperagem”

- Magnetismo

- Eletrostática

Coordenadores: Marcia Adriane de Melo Barbetta e Marcia Viviane Barbetta Manosso

Telefone: 

 
Geografia

 

Geofrafia

 

De todas as possibilidades de estudo, a Geografia é hoje uma disciplina extremamente complexa e está dividida em inúmeras áreas especializadas. A Geografia é uma ciência que tem como um dos objetivos o conhecimento global da Terra. É o estudo das leis que estruturam internamente não só cada subsistema, nos níveis físico, humano e econômico, mas, sobretudo, a compreensão das inter-relações entre os vários subsistemas, em uma visão integrada do todo. Hoje, a Geografia se torna instigante, desafiadora, abordando temas que fazem parte das conversas cotidianas, dos noticiários diários, refletindo o pensamento dos estudiosos e personalidades dos nossos dias. 

Conheça a proposta e os conteúdos.

Coordenadores: Izael Furlan e Luiz Antônio Negrão

Telefone: (41) 3234-5640

 
História

 

História

 

A disciplina de História no Colégio Estadual do Paraná visa a compreender os conteúdos específicos trabalhados, articulados às categorias de Trabalho, Cultura e Poder. Nesse sentido, se propõe a capacitar o aluno para a compreensão do estudo de uma História que rompa com a ideia de um presente contínuo, buscando no contrapelo da história, significados para as suas ideias, crenças, saberes, assim, entendendo que o papel da história e do historiador é sempre lembrar o que os outros esqueceram. Dessa forma, permitir que nunca percamos a memória e sejamos levados ao esquecimento.

Coordenadores: Elias Rigoni e Vanilza Josefi

Telefone: (41) 3234-5640

 
Inglês

 

Inglês

 

Opção teórico-metodológica da Língua Estrangeira Sabendo-se que tanto a opção teórico metodológica quanto o idioma a ser ensinado na escola não ser neutros, mas profundamente marcados por questões político-econômicas e ideológicas,que resultam muitas vezes do imperialismo de uma língua. Tais questões marginalizam razões históricas e/ou étnicas que podem ser valorizadas, levando-se em conta a história da comunidade atendida pela escola. Destacamos o comprometimento com o plurilinguismo como política educacional , valorizando e respeitando à diversidade cultural, garantido na legislação ,Sendo assim alguns dos nossos fundamentos teórico metodológicos baseados nas Diretrizes de Língua Estrangeira Moderna são: - O atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira Moderna em relação às demais obrigatórias do currículo; -O resgate da função social e educacional do ensino de Língua Estrangeira no currículo da Educação Básica; - O respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural. Baseado nestes princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico. Temos o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. Implicando em superar uma visão de ensino de Língua Estrangeira Moderna apenas como meio para se atingir fins comunicativos que restringem as possibilidades de sua aprendizagem como experiência de identificação social e cultural, ao postular os significados como externos aos sujeitos. Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. Objeto de estudo da Língua Estrangeira: No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código linguístico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca. Nesse sentido, a língua se apresenta como espaço de construções discursivas, indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das comunidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela. Desse modo, a língua deixa de lado suas supostas neutralidade e transparência para adquirir uma carga ideológica intensa, e passa a ser vista como um fenômeno carregado de significados culturais. Objetivos da Disciplina: Que os envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo. O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e cognitiva. Ressalta-se, como requisito, a atenção para o modo como as possibilidades linguísticas definem os significados construídos nas interações sociais. Ainda, deve-se considerar que o aluno traz para a escola determinadas leituras de mundo que constituem sua cultura e, como tal, devem ser respeitadas. Além disso, ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social. Conteúdo Estruturante: Define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso.

Coordenadores: Stefânia Dalto Cirino de Andrade e Thyncia Fabiane Cardoso

 
Língua Portuguesa

 

Língua Portuguesa

 

Os estudos, reflexões e debates sobre avaliação têm sido uma prática constante em nosso grupo. Novas leituras, novas reflexões têm gerado novas práticas ainda que lentamente. Afirma Paulo Freire: "a prática de pensar a prática, é a melhor maneira de pensar certo". O problema é que para isso precisamos de tempo para elaborar as leituras e rever estas práticas. Marx lembra que "o tempo é fator de desenvolvimento humano" e talvez seja justamente a falta de tempo que faz com que o desenvolvimento humano seja sempre retardado, demorado, difícil e com tantas resistências. Entre tantas outras razões que não nos cabe referir aqui, mas que devem ser pauta das nossas discussões e estudos.

A avaliação tem se concretizado com as seguintes atividades:

  • Provas escritas
  • Avaliações orais - seminários e declamação de poesia
  • Produção de textos: narrativos, dissertativos e poéticos
  • Diagnóstico para retomada dos conteúdos não apreendidos
  • Avaliação das leituras das obras literárias em seminários (individual e em grupo), trabalhos e provas escritas. Dramatizações, resenhas, reescritas, literatura comparada etc.

Metodologia:

O trabalho é desenvolvido a partir das seguintes metodologias:

  • Discussão em classe a partir dos conteúdos;
  • Debates em grupo;
  • Leituras e trabalho em grupo;
  • Aulas expositivas e expositivo-dialogadas;
  • Trabalhos individuais e apresentação de seminários;
  • Contextualização dos conteúdos trabalhados;
  • Leituras de textos críticos sobre a realidade social - análise e interpretação; leitura crítica da realidade sócio-histórica para produção de textos dissertativos.
  • Atividades no Laboratório de Informática;
  • Oficinas de Literatura: Obras Literárias solicitadas UFPR.

Projetos:

Sedução da Linguagem Poética 2016

  • Concurso de Declamação
  • Varal de Poesia – poema de autoria e leitura plástica;
  • Publicação de livro de poemas dos/as alunos/as autores/as.

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Pressupostos teórico-metodológicos
O ensino de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira leva em consideração o fato de que a democratização desse saber só se realiza quando os/as alunos/as são capazes de interagir com o texto escrito e oral em seus diversos níveis de complexidade. Quando são capazes de ler nas linhas e entrelinhas, de captar as subjetividades presentes nos textos, perceber o ponto de vista e a presença da ideologia e da intencionalidade do/a autor/a. Compreender que uma vez que pode "estar sujeita às circunstâncias do momento, às instabilidades psicológicas, às flutuações de sentido, a língua em grande medida é opaca, não é transparente. Isso faz da prática da interpretação uma atividade fundamental da vida humana, da interação social" (BAGNO, 2003: 19). Ensinar Língua Portuguesa para os falantes dessa língua, numa perspectiva sócio-interacionista, exige abordar as variações linguísticas que caracterizam a linguagem na manifestação verbal dos diferentes grupos sociais dos falantes. Realizado dessa forma, possibilita a organização estrutural da linguagem verbal sem que a gramática normativa seja o centro das atividades de ensino-aprendizagem.

Objetivos gerais da disciplina

  • Garantir ao/à aluno/a do Ensino Médio um domínio ainda maior das práticas socioverbais, com uma elaboração condizente com seu nível de ensino;
  • Capacitar cada vez mais o/a aluno/a a perceber nos diferentes textos as diferentes visões de mundo bem como os interesses que eles carregam, ou seja, a não neutralidade de todo texto;
  • Trabalhar no ensino de Língua Portuguesa referindo o caráter social da língua que se realiza na interação verbal e social dos/as interlocutores/as;
  • Compreender as variações da linguagem como fenômeno social e refletir as diferentes formas de manifestação do preconceito linguístico como uma forma de preconceito social em que, segundo BAGNO, "a noção de erro varia e flutua de acordo com quem usa e contra quem";
  • Desenvolver as atividades de produção e compreensão de textos como extensão da tarefa de leitura e compreensão do mundo em que vivemos, com a consequente produção de reflexões sobre o mundo vivido em textos crítico-reflexivos.
  • Desenvolver, despertar, incentivar, promover no/a aluno/a o prazer da leitura das obras literárias como produtos da experiência da humanidade, como relatos do nosso processo civilizatório tanto quanto nosso cotidiano. A leitura das obras de ficção deverá levar o/a aluno a compreender que estes são relatos da vida e que a história de todos e de cada um estão ali expressas. 

Coordenadoras: Camila Marcelina Pasqual e Ilcea Domingues Pereira

Telefone: (41) 3234-5640

 
Matemática
Matemática

 

A matemática é a ciência que estuda as quantidades, as formas e as relações espaciais, e as relações entre quantidades e espaços, pode ser definida como uma linguagem formada por símbolos, como algarismos, letras, equações, figuras e formas, usada para expressar determinadas capacidades do ser humano, como a de relacionar coisas, medir e avaliar grandezas e formas.
A matemática começa quando o homem inventa os números para contar. Este também é o início da aritmética, a arte de comparar e calcular grandezas. Surge vinculada a problemas essencialmente práticos: contar rebanhos, repartir bens ou áreas de terras, construir casas, registrar intervalos de tempo e prever épocas de chuvas ou de seca.
Todos os grandes impérios da antiguidade persa, hindu, chinês, egípcio, babilônio e, mais tarde, maia, asteca e inca, na América desenvolvem algum tipo de sistema numérico, de aritmética e de geometria. São regras práticas para calcular quantidades, resolver problemas geométricos, calcular o movimento dos astros e marcar o tempo.

Conteúdos

1ª série

  • Conjuntos
  • Relação e Função
  • Função Afim
  • Função Quadrática
  • Função Exponencial
  • Função Logarítmica
  • Módulo e Equação modular
  • Progressão Aritmética
  • Progressão Geométrica
  • Introdução à Estatística

2ª série

  • Matrizes
  • Determinantes
  • Sistemas Lineares
  • Análise Combinatória
  • Binômio de Newton
  • Probabilidade
  • Trigonometria

3ª série

  • Geometria Analítica
  • Pontos e Retas - Circunferências
  • Números Complexos
  • Polinômios
  • Equações Polinomiais
  • Geometria Plana
  • Geometria Espacial

Projetos

OBMEP - Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas

Dia da Matemática

6 DE MAIO - DIA DA MATEMÁTICA
 
Professor... , onde eu vou usar essa Matemática ?
Sem matemática... ninguém anda

Os meios de transportes estão, a cada dia, mais presentes em nossas vidas.
Sua importância em nosso dia-a-dia trouxe a necessidade de novas tecnologias que os tornem mais seguros, eficientes e menos poluentes.
Só com a ajuda da Matemática foi possível construir o primeiro motor, o primeiro trem, o primeiro avião.
Organizar os dados sobre o fluxo de veículos nos milhares de cruzamentos das grandes cidades, determinar o melhor tempo para abrir e fechar cada sinal de trânsito, os minutos entre a chegada e a partida de cada vagão do metrô, são tarefas difíceis demais que não poderiam ser feitas sem a Matemática e os computadores.
Tudo isto ajuda a reduzir bastante o tempo perdido em nossa locomoção.
E vamos em frente que o sinal abriu.


Sem matemática... ficamos no escuro
Em casa, nas escolas, no trabalho, todos precisamos de energia elétrica.
E para que ela chegue até nós é feito um levantamento de toda a energia ofertada no país, dos custos para transmiti-la e distribuí-la e do nível de necessidade dos consumidores.
É a Matemática que permite realizar todos esses cálculos e selecionar as propostas de produção das várias usinas e deste modo, se obter a maior segurança no abastecimento e os menores preços para os usuários.
 

Sem matemática... ninguém vive
Alguém pode até argumentar que a Vida - e posteriormente o Homem - surgiu muito antes de se conceber o que era Matemática.
Entretanto, com o aparecimento da Medicina e Ciências correlatas, como a Farmacologia, a Bioquímica e o Sanitarismo, isso muda de figura.
O estudo do comportamento das endemias e da evolução de inúmeras doenças, como as degenerativas, é dependente da Matemática.
Ela se encontra nos novos medicamentos, nas técnicas de diagnóstico por imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, e nos equipamentos dos modernos centros cirúrgicos, que permitem que um médico realize uma cirurgia à distância.
A Matemática está presente até no cálculo do grau de seus óculos - se é que você precisa deles.
Na próxima consulta a seu oftalmologista, peça que ele troque o painel de letrinhas por números; tem mais a ver.
 

Sem matemática... não saímos do lugar
O Homem teve de levar os seus olhos até as profundezas do espaço para obter estas imagens.
Não teria como fazê-lo sem a Matemática.
Também escondidas na beleza destas fotos há várias outras tecnologias, todas elas dependentes e ligadas à Matemática como, por exemplo, processamento de imagens, comunicação de dados e correção de erros e códigos.
A Matemática contém seus mistérios, mas também ajuda a desvendar outros.

 

Sem matemática... ninguém come

Pode parecer estranho temperar comida com números mas, ao contrário do que se possa pensar, a Matemática está presente no dia-a-dia do Campo.
Ela ajuda a melhorar o aproveitamento da terra e das sementes, otimizar a irrigação, adaptar a topografia dos terrenos e a estudar o clima.
Além disso, a agricultura moderna também depende muito de tecnologia.
Em equipamentos como colheitadeiras, em silos e moinhos, em fertilizantes e remédios, e até no desenvolvimento de novas espécies, adaptadas às diferentes condições climáticas, estão presentes tecnologias que não seriam possíveis sem a Matemática.
Pense nisso na próxima vez que estiver jantando.

 

Sem matemática... ninguém fala
O surgimento da internet e dos novos meios de telecomunicações constitui, sem dúvida, a grande revolução tecnológica da virada do milênio e vai mudar a vida de todos nós.
Através dos computadores, todo planeta até agora permanentemente ligado e trocando informações. Por trás dessa revolução, a Matemática teve, e continua tendo, um papel crucial.
Matemáticos foram fundamentais para a invenção e para o desenvolvimento do computador e do telefone celular.
A instalação das redes de comunicação e a administração do enorme fluxo de informações que elas transportam envolvem problemas matemáticos da maior relevância. Por isso, matemáticos estão ajudando a desenvolver o software que faz a internet e a telefonia celular funcionarem.
 

E aí, caiu a ficha ?!
 

Fonte: IMPA - INSTITUTO NACIONAL DE MATEMÁTICA PURA E APLICADA

Coordenadores: Doriana Schiavo da Silva e Gilberto Dagostim

 
Química
Química

 

A química estuda os materiais existentes na natureza, suas propriedades, alterações e as substâncias presentes nos materiais, desenvolvendo técnicas para extrair e purificar e sintetizar novas substâncias. Através da química substâncias são transformadas em matérias-primas para os diferentes ramos da indústria.

Avaliação

A avaliação é contínua, composta de provas, laboratório, atividades e participação.

Conteúdos

1ª série - 3 aulas por semana

  • Introdução ao estudo da química
  • Matéria e suas transformações
  • Estrutura Atômica
  • Tabela Periódica
  • Ligações Químicas
  • Funções inorgânicas
  • Reações químicas
  • Óxido redução

2ª série - 3 aulas por semana nos turnos manhã e tarde e 2 aulas por semana no turno da noite

  • Óxido redução e pilhas
  • Cálculos químicos
  • Soluções e concentrações
  • Termo química
  • Cinética Química
  • Equilíbrio químico

3ª série - 2 aulas por semana

  • Química Orgânica
  • Carbonos
  • Funções orgânicas
  • Isomeria
  • Reações Orgânicas

Livros Didáticos

  • USBERCO, SALVADOR: Química – volume único, editora Saraiva

Sugestão de Leitura

  • LEITE, Eduardo Canto: Plásticos: bem supérfluo ou mal necessário (3ª série)

Laboratório

laboratório de química

As aulas realizadas em laboratório visam complementar e integrar o conteúdo trabalhado em sala de aula, contemplando a qualidade do ensino oferecido pela escola. As aulas práticas são ferramentas fundamentais para a contextualização dos conteúdos, bem como propiciam a relação entre os conceitos químicos e o cotidiano do aluno. É muito importante que o aluno visualize a teoria numa prática. Isso favorece significativamente o aprendizado, visto que o aluno tem a possibilidade de comprovar conceitos teóricos.

Objetivos

  • Promover o aprendizado.
  • Desenvolver a integração dos alunos em equipes.
  • Instigar o espírito científico.
  • Trabalhar a organização.
  • Integrar teoria/prática e cotidiano.

Metodologia

As aulas são programadas pelo professor laboratorista, seguindo o planejamento das séries. São ministradas pelo professor da turma com o acompanhamento do professor laboratorista, que a cada prática avalia os alunos através de relatórios e comportamentos atitudinais.

Compete ao professor laboratorista :

  • pesquisa da prática em livros específicos,didáticos e internet.
  • adaptação da prática, quando necessário.
  • levantamento e separação dos materiais a serem usados.
  • elaboração do roteiro da prática e dos questionamentos do relatório para os alunos e professores.
  • preparo dos reagentes a serem utilizados.
  • organização das bancadas para equipes de quatro a cinco alunos.
  • construção do horário das turmas.
  • entrega do roteiro e do horário das aulas para os professores das turmas.
  • preparar o quadro negro com as informações necessárias ao entendimento e encaminhamento da aula.
  • manutenção e controle do estoque do almoxarifado.

Avaliação

Os alunos são avaliados durante o desenvolvimento das práticas, bem como através do relatório e da organização da bancada. Compete aos professores de teoria e laboratorista acompanhar as equipes durante toda a aula. Porém é atribuição do professor laboratorista registrar a avaliação a cada aula, fechar a média trimestral e encaminhá-la ao professor de teoria.

Coordenador: Cícero Bittencourt Bueno
Sala: 213 D (2º andar - ala ímpar)
Telefone: (41) 3304-8949

 
Sociologia

 

Sociologia

 

“Se existe uma ciência das sociedades, é de se desejar que ela não consista simplesmente numa paráfrase dos preconceitos tradicionais, mas nos faça ver as coisas de maneira diferente da sua aparência vulgar; de fato, o objeto de qualquer ciência é fazer descobertas, e toda descoberta desconcerta mais ou menos as opiniões herdadas.” (Émilie Durkheim – As regras do método sociológico, 1895)

“Não é a consciência dos homens que determina o seu ser social, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência.” (Karl Marx – A Ideologia Alemã, 1846)

"A ciência (seja ela qual for) não pode propor fins à ação prática. (...) Uma ciência empírica não está apta a ensinar a ninguém aquilo que ‘deve’, mas sim, apenas aquilo que ‘pode’ e – em certas circunstâncias – aquilo que ‘quer’ fazer.” (Max Weber – Ciência e Política: duas vocações, 1920)
 

Apresentação da disciplina

Desde que se constituiu como saber científico no século XIX a Sociologia vem contribuindo para que se conheça a “estruturação” (estrutura e ação social) da sociedade e como ocorrem as relações sociais no meio em que vivemos. O objetivo primeiro da Sociologia é conhecer e explicar a dinâmica das relações sociais que se estabelecem no interior dos grupos e as maneiras pelas quais os diversos grupos interagem entre si. Como disciplina curricular o objetivo geral da Sociologia é levar o aluno a pensar a realidade social da qual faz parte, desenvolvendo uma consciência de que toda sociedade é uma construção histórica e não uma fatalidade regida por “leis naturais”, podendo ser construída e reconstruída segundo as necessidades dos grupos e sujeitos ou atores sociais. O estudante de Sociologia no Ensino Médio deve além de interpretar o mundo, sentir-se capaz de transformá-lo ou de, no mínimo, percebê-lo como passível de transformação.

Sabemos que o desafio maior é, sem dúvida, o conhecimento em si, função precípua do nosso colégio. Porém, de acordo com o que registra o Projeto Político Pedagógico, “a prática educativa do CEP deve levar em consideração as relações entre capital, trabalho e educação, assim como deve firmar-se em ideais comprometidos com a formação humana, tendo como base os ideais de equidade, de igualdade, de ética, de justiça social, de solidariedade e de democracia e não ideais discriminatórios, individualistas, de dominação e exclusão social”.

 

O ensino da Sociologia: da escola média à universidade brasileira

Como em outros países, a introdução da Sociologia como disciplina curricular é parte do seu processo de institucionalização, ampliando e conformando a comunidade científica pelo reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos pedagógicos, que promovem sua aceitação social e difusão do conhecimento em nível escolar. De algum modo, essa adoção curricular tende a mostrar a ênfase humanística nos estudos em diferentes níveis e momentos e a perspectiva transformadora que pode inspirar projetos de sociedade e visões políticas avançadas. Esta é uma forma de resposta das sociedades no horizonte da modernidade instalada.

Os cursos secundários abrigaram a disciplina antes da Sociologia ser considerada disciplina acadêmica em cursos do ensino superior. Numa sequência, durante a década de 1930 surgem os cursos de Ciências Sociais, no país: em 1933, na Escola Livre de Sociologia e Política (SP) em 1934, na Universidade de São Paulo em 1935, na Universidade do Distrito Federal (RJ) e, em 1938, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná. Esse lócus institucional da Sociologia acadêmica é estímulo para a produção do conhecimento e vicejam compêndios didáticos elaborados nesse período, num esforço de sistematização da nova ciência.

Contribuíram para formar um núcleo de pensamento sociológico no Brasil, os professores estrangeiros convidados, principalmente os de origem francesa, que atuaram junto aos cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP.

Com eles, a Sociologia introduziu a investigação de campo na qual Emílio Willems foi figura de destaque em combinar a pesquisa de campo com a reconstrução histórica. As mudanças na sociedade rural e urbana com movimentos sociais pela terra, messiânicos, estudantis, operários e questões ligadas às minorias indígena, negra e migrante, e às transformações institucionais, como o Estado, a religião, a educação, chamaram a atenção dos pesquisadores. A criação dos cursos superiores de Ciências Sociais possibilitou o desenvolvimento da pesquisa sociológica e a formação de quadros intelectuais e técnicos para pensar o país e dar suporte às políticas públicas durante o Estado Novo.

A Sociologia ingressa primeiramente no sistema de ensino, em 1891, com a reforma educacional protagonizada por Benjamin Constant, e aparece sob o título de Sociologia e Moral, préformatado pelo espírito positivista reinante na ciência e na sociedade. Durou apenas um ano como disciplina obrigatória.

Antes disso, as menções à nova ciência eram ocasionais à obra de Comte, nas Escolas da Marinha e Politécnica, nas Faculdades de Medicina e, sobretudo, nas de Direito. O reaparecimento da Sociologia ocorre duas décadas depois, em 1925, quando a Reforma Rocha Vaz passou a exigi-la como conteúdo avaliado nas provas de ingresso às faculdades. Tal exigência, afirma Meucci (2008), fez com que a Sociologia estivesse na grade de disciplinas de nível secundário, de 1926 a 1929, do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, reconhecidamente modelar entre instituições públicas e privadas.

Também, em meados da década de 1920, a Sociologia integrou o currículo para a formação de educadores primários e secundários dos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco. A centralização do sistema educacional no país e a reforma do ensino levam a Sociologia aos chamados cursos complementares, de preparação dos estudantes para estudos superiores nas áreas de Direito, Ciências Médicas, Engenharia e Arquitetura. Com a Reforma Capanema, em 1942, desaparece essa participação, que repercutiu sobre a produção de livros didáticos à época.

Todas as vezes que a Sociologia deixa de ser disciplina obrigatória, ausenta-se da formação educacional básica e evidencia-se a desconsideração para com essa área de conhecimento e forma de interpretação da realidade social.
A Sociologia Geral e/ou Sociologia da Educação permanecem como programas, a partir dos anos 1940, apenas nos currículos das Escolas Normais. O vínculo entre a educação e a Sociologia mostra que as escolas normais foram redutos importantes para a disseminação do conhecimento sociológico, como argumenta Guelfi (2001). A formação de professores para o ensino secundário foi, sem dúvida, o fator de consolidação da Sociologia como disciplina curricular.

A exclusão da Sociologia na formação geral dos estudantes de nível secundário resultou em intenso debate no país, envolvendo especialistas da área, entre os quais Antonio Cândido, Luiz Costa Pinto e Florestan Fernandes, enquanto Afro do Amaral Fontoura faz a adequação do conteúdo de compêndios anteriores para as novas condições da disciplina no ensino médio e publica Introdução à Sociologia (1948). A educação se apresenta como o processo socializador por excelência, mas depende formalmente da vontade política dos dirigentes e aqui se coloca a questão dos avanços e retrocessos frequentes no processo de adoção da Sociologia no sistema formal de ensino. Essa intermitência diz respeito ao processo político na escolha das disciplinas formativas e culturais.

A introdução da Sociologia no sistema amplo de ensino aliada ao interesse do mercado pela publicação de livros didáticos permitiu a constituição de um conjunto de manuais, focalizados na especificidade do objeto e do método da Sociologia, segundo Meucci (2008). Entre os autores da década de 1930, Delgado de Carvalho destacou-se por ter publicado: Sociologia, Sociologia e Educação, Sociologia Educacional, Sociologia Experimental e Práticas de Sociologia.

Nas duas primeiras décadas do século XX, são raros os manuais de Sociologia. Nessa literatura, encontram-se autores como Paulo Egydio de Carvalho, estudioso das ideias de Durkheim, e Francisco Pontes de Miranda, ambos juristas e autores de Contribuição para a história philosophica da sociologia e Sistema de ciência positiva do direito, respectivamente. Dirigidos mais ao público de cursos de graduação são também os livros de Donald Pierson, Teoria e Pesquisa em Sociologia, e de Gilberto Freyre, Sociologia: uma introdução aos seus princípios, editados em 1945, logo após o término da obrigatoriedade do ensino da Sociologia no nível médio e o início de cursos de pós-graduação em Ciências Sociais.

No Brasil, um movimento no âmbito da educação com representantes na Europa (Claparède, Ferrière, Montessori) e nos Estados Unidos (Dewey) foi o Escola Nova, confluência de várias correntes de pensamento, presente nas reformas educacionais do país, nos anos 1920, e sistematizado, em 1932, com a publicação do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova. Entre os sociólogos, foram signatários deste documento, o educador Fernando de Azevedo (1894-1974) e o professor e ensaísta Antônio Carneiro Leão (1887-1966), conforme Meucci (2008).

O primeiro foi diretor da Editora Nacional e é considerado o principal introdutor das concepções de Durkheim, no Brasil, sobretudo da capacidade integradora da educação; o segundo foi diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Pedagógicas.

Embora fosse largo o espectro ideológico das disputas políticas no meio intelectual, a Sociologia positiva prevalecia no ensino e nos manuais, em correspondência à tendência educacional conservadora e reformista. À ampliação da rede pública de escolas e eliminação do ensino religioso que os escolanovistas defendiam contrapôs-se a defesa do ensino privado e a manutenção do ensino religioso nas escolas públicas por parte dos intelectuais católicos, posições essas fundamentadas sociologicamente. Considerada um problema social, a educação passa a receber tratamento analítico e à Sociologia caberia a atribuição de recuperar a função da educação na sociedade.

A registrar, o papel de destaque que exerceram os pensadores sociais e autores de livros didáticos de Sociologia: foram docentes, engajaram-se em lutas sociais, ocuparam cargos públicos, foram responsáveis pela fundação de instituições de ensino e pesquisa, além da defesa de um sentimento nacional que os comprometeu com a ação educacional. Ainda que com certa defasagem entre o conteúdo enciclopédico e conceitual formal dos compêndios, a expectativa de seus autores era de que o conhecimento sociológico, originário da observação empírica, permitisse a transformação da realidade sobre bases concretas. A Sociologia era, pois, compreendida como uma novidade na vida intelectual, afirma Meucci (2008), fato que contrastava com o idealismo imobilista da perspectiva jurídica.

O ambiente democrático da política nacional durante a década de 1950 e parte dos anos 60 trouxe a Sociologia presente nos cursos superiores de Ciências Sociais, e também no currículo de outros cursos graças à expansão das Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras. No ensino médio, entretanto, sua inserção não se fez permanente; continuou uma disciplina opcional e intermitente nos currículos.
Quando em 1962, o Conselho Federal de Educação e o Ministério de Educação publicaram os novos currículos para o Ensino Médio, a Sociologia não foi incluída entre as disciplinas obrigatórias, complementares e optativas, de acordo com Santos (2004).

Excluída das grades curriculares dos cursos secundários, no período da ditadura militar (1964-1984), a Sociologia permaneceu de forma tênue nos cursos de formação para o magistério, tendo recebido denominações diversas e conteúdos diversificados. Essa forma de não contemplar a formação dos jovens com uma disciplina como a Sociologia torna-se clara, nos programas de políticas públicas educacionais, implementados no período pela Lei n. 5.692/71, que instituía a obrigatoriedade do ensino profissional no chamado 2º grau, quando outras disciplinas foram criadas, em pretensa substituição. As disciplinas Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política Brasileira e Ensino Religioso foram marcadas por um acentuado caráter ideológico de moral e disciplina.

No período da chamada transição democrática, a partir de 1982, houve movimentação social de professores e estudantes em alguns estados brasileiros e São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Pernambuco e Distrito Federal clamaram pela inclusão da Sociologia no Ensino Médio. Havia expectativa com a Constituição de 1988, mas a partir de 1989, com a promulgação das novas Constituições Estaduais, frustraram-se as possibilidades e iniciativas de a disciplina vir a ser obrigatória nos currículos escolares. Em 2001, o retorno da disciplina Sociologia foi vetado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, justificando-o pela insuficiência de profissionais para suprir a demanda de professores.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em seu art.36, §1º, inciso III, expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. Contudo, durante a sua regulamentação, o seu sentido foi alterado. As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio apresentaram como proposta o tratamento interdisciplinar dos conteúdos de Sociologia, esvaziando sua especificidade e o caráter de obrigatoriedade. Esta nova derrota para o ensino da Sociologia impulsionou uma série de discussões e propostas de ações para reverter a situação em diferentes estados, visto que a obrigatoriedade da disciplina no Ensino Médio não estava garantida.

O Conselho Nacional de Educação aprovou, com base na Lei 9.394/96, a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio, e, a partir de 2007 os Conselhos Estaduais de Educação deveriam regulamentar a oferta dessas aulas. No dia 02 de Junho de 2008, é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio.

 

A Sociologia no Ensino Médio do Paraná

A década de 1980 foi pródiga em manifestações pró-inserção da disciplina de Sociologia no ensino médio, em vários estados brasileiros, aproveitando o momento propiciado pela redemocratização do país. Mobilizações sociais ganham força quando carreiam ações de diferentes agentes institucionais e, no Paraná, uma campanha teve à frente o Sindicato dos Sociólogos do Estado do Paraná, envolvendo outras entidades como os órgãos estaduais de educação e as universidades, num esforço de superação do modelo curricular herdado do período da ditadura militar.

Os anos 1980 marcaram um longo ciclo de reformas do sistema de ensino da Educação Básica e os debates e encontros realizados em Londrina e Curitiba, visavam o retorno do ensino de Sociologia e Filosofia no novo currículo do Ensino Médio, como defendido no 1º Seminário Estadual de Reorganização do Ensino nos níveis Fundamental e Médio, realizado em 1983, relata Silva (2006).
No horizonte das discussões dessas ações políticas estavam a intermitência na trajetória da Sociologia como disciplina no currículo de escolas de Ensino Médio, sujeita às reformas educacionais implementadas pelo governo federal, e a regulamentação da profissão de sociólogo. No entanto, o curso de formação da identidade social da Sociologia, sua constituição e manutenção como disciplina no Ensino Médio, certamente foi afetado por sua fraca institucionalização no meio acadêmico paranaense, analisa Oliveira (2006).

Com a conclusão, em 1988, da Proposta de Reestruturação do 2º grau no Paraná, implementada em 1990 oficialmente, a Sociologia não chegou a ser considerada disciplina obrigatória e às escolas foi dada a prerrogativa de implantá-la ou não.

Em 1991, foi implantada proposta de conteúdos e metodologias para a Sociologia da Educação nos cursos de magistério da rede estadual, elaborada anteriormente em ação conjunta da Secretaria de Educação do Estado e a Universidade Federal do Paraná. Essa decisão influenciou professores de Sociologia da modalidade de Educação Geral do Ensino Médio, uma vez que não havia um documento nesta linha.

Qualquer movimentação em defesa da Sociologia é dependente das instâncias gestoras da política educacional em nível federal e estadual, por isso a Secretaria Estadual de Educação (SEED), de 1991 a 1994, desenvolveu ações para fortalecer a Sociologia; um exemplo é a realização de concurso público para o ensino da Sociologia, em 1991, cujo resultado foi um baixo número de inscritos e aprovados, afirma Silva (2006). Diversos seminários e fóruns de discussão foram realizados em conjunto, professores de escolas de 2º grau da rede pública e privada estadual e professores universitários da área de Ciências Sociais.
Outro indicativo deste direcionamento institucional em prol da Sociologia é a elaboração entre 1993 e 1994 de uma proposta de conteúdos, como a diretriz estadual para a Sociologia, sob a responsabilidade de técnicos pedagógicos do Departamento de Ensino de 2º grau da SEED (DESG) com a consultoria de professores de diferentes instituições de Ensino Superior, entre elas: FE-USP; UFSC e UFPR. A proposta, finalizada em 1994, deveria ser disponibilizada para as escolas no ano seguinte, mas alterações políticas no estado impediram esse processo.

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) é promulgada em 1996 e reabre o debate sobre a inclusão da Sociologia no Ensino de 2º grau, que ganhou âmbito nacional.

Poucas escolas no Paraná ofertavam a disciplina em seu programa, uma vez que a autonomia das escolas trazia flexibilidade para que cada estabelecimento de ensino criasse novas disciplinas e as incluísse nas respectivas matrizes curriculares.

Nesse contexto foi criado, em 1998, na Universidade Estadual de Londrina, um projeto de extensão denominado “A Sociologia no Ensino Médio”, que resultou na implementação da disciplina em todas as escolas do Núcleo Regional da Educação de Londrina no ano de 1999. A experiência, entretanto, não se estendeu às escolas do restante do estado e a presença da Sociologia nos currículos continuou instável.

Se, em 1997 e 1998, a disciplina foi incluída na base nacional comum dos currículos e introduzida também nas escolas estaduais paranaenses, em 2000, a determinação da diminuição da carga horária total das aulas semanais, fez com que a Sociologia fosse uma das primeiras disciplinas a ser extinta ou a ter sua carga horária diminuída. Em 2001, a Sociologia foi retirada da base nacional comum e voltou a compor a parte diversificada do currículo escolar, reduzindo em cerca de 30 a 40% o número de escolas que ofertavam a disciplina, analisa Silva (2006).

Apesar de todos esses reveses, em 2002 e 2003, a disciplina de Sociologia se manteve em 50% das escolas paranaenses que, a partir de 2005, recebem professores concursados em 2004. Houve um aumento gradativo do número de escolas que ofertavam a Sociologia, situação reforçada pela entrada de sociólogos no quadro próprio do magistério da Rede Estadual de Ensino.

A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de Ensino Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em a disciplina será ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é defendido o princípio de equidade entre as disciplinas, de modo a garantir um mínimo de duas aulas semanais para todas as disciplinas nas séries em que são ofertadas.

A Sociologia não desenvolveu ainda uma tradição pedagógica, havendo insuficiências na elaboração de reflexões sobre como ensinar as teorias e os conceitos sociológicos, bem como dificuldades na delimitação dos conteúdos pertinentes ao Ensino Médio. Por ter se mantido como disciplina acadêmica nos currículos de Ensino Superior, a tendência tem sido a reprodução desses métodos, sem a adequação necessária à oferta da Sociologia para os estudantes do Ensino Médio.

Há premência em se dispor de traduções de textos de autoria dos clássicos da Sociologia e de trabalhos mais recentes de pesquisadores nacionais, – por já ter avançado a produção sociológica nos programas de pós-graduação, – bem como de livros e outros recursos que veiculem uma metodologia pedagógica específica para as Ciências Sociais. O uso de livros didáticos e materiais de apoio pedagógico, especialmente elaborados para a disciplina no Ensino Médio não deve dispensar leituras complementares, críticas e ilustrativas.

A trajetória do ensino da Sociologia, tanto em nível estadual quanto nacional, caracterizada pela descontinuidade e desvalorização, deixou marcas que dificultam a consolidação dessa disciplina no currículo escolar. No âmbito institucional, projetos e parcerias que contemplem a atuação conjunta e mais integrada dos cursos do Ensino Médio e as licenciaturas em Ciências Sociais existentes no estado do Paraná, trariam vitalidade intelectual a ambos os níveis de ensino.

Coordenadores: Paula Andressa de Assis e Affonso Cardoso

 

MATRIZ CURRICULAR - ENSINO REGULAR

 

Confira a forma de ingresso;                    

  • Ensino Médio
    Ensino Medio
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